Comprar ou alugar carros, casas, apartamentos, escritórios, etc. Quem nunca antes passou, um dia passará por esse dilema.

Antes de mais nada, não há resposta pronta. Caso sua expectativa seja obter a resposta por meio de uma sequencia de cálculos complicados, adianto que esse não é o caminho.

Mas, nem mesmo cálculos financeiros? Certamente, alguns cálculos podem ser utilizados, entretanto, o que eu quero dizer é que os cálculos não seriam decisivos ou exclusivos para sua decisão entre comprar ou alugar.

Por exemplo. Caso sua necessidade por um apartamento seja temporária, digamos, por seis meses, um ano ou dois, fica mais fácil decidir. Certamente você acabará por optar em alugar o apartamento.

Por certo, o fator que mais pesa nessa decisão está na liquidez de um imóvel. Ou seja, quanto mais difícil e demorado for revender algo, melhor será optar por alugar do que comprar.

O mesmo se aplica, por exemplo, no caso de um carro. Como falar em comprar, quando o uso previsto for de apenas uma semana, ou um mês?

Todavia, caso haja interesse em aproveitar para realizar um investimento, sua decisão poderá mudar de alugar para comprar.

Começa a ficar mais evidente que não existe fórmula pronta?

Identifique antes seus objetivos

O primeira passo, sem dúvida, é identificar muito bem seus objetivos, suas necessidades com o imóvel.

Sobretudo, comece por aqui e logo você poderá ter a resposta. Eu precisarei alugar porque ainda não disponho de recursos para realizar uma compra ou, simplesmente, eu quero comprar porque é minha vontade ter um imóvel próprio.

O sonho da casa própria é um paradigma em nossa sociedade. Entretanto, esse sonho pode se tornar um pesadelo do bolso vazio. Talvez o momento ainda não seja adequado para realizar o seu sonho, portanto, começar por alugar um imóvel pode ser mais vantajoso do que assumir um compromisso com financiamento.

Um conta rápida e simples

Existe uma métrica no mercado, um número, em que o aluguel mensal de um imóvel deve representar 0,7% do valor desse imóvel. Vejamos, para um imóvel de 500 mil, o aluguel mínimo deveria ser de 3.500.

Alugar por um valor inferior ao mínimo pode indicar que o seu investimento não está se demonstrando ser tão vantajoso como se pensava. Basta comparar, os mesmos 500 mil em uma aplicação financeira bancária renderiam para você, hoje, mais do que 0,7% ao mês?

Veja que ainda estamos falando apenas do valor bruto. É preciso considerar ainda taxas com administração e corretagem e com o imposto de renda para se ter o líquido do aluguel. No caso de investimentos financeiros, sejam de médio ou longo prazo, muitas deles apresentam taxas administrativas baixas e imposto de renda regressivo, podendo chegar até a isenção total.

A mesma análise pode ser aplicada para se decidir entre comprar ou alugar.

Considerando a possibilidade de realizar uma compra à vista, o que seria mais vantajoso? Investir em um imóvel que poderá lhe poupar o aluguel mensal ou seria melhor optar por uma aplicação financeira bancária e utilizar parte dessa renda para pagar o aluguel?

Outros fatores, além do financeiro

Quando tratamos apenas de números, a decisão parece ser mais simples. Entretanto, há de se pensar em outros fatores. Vejamos os principais:

  • Manutenção. Com o tempo, o imóvel demandará gastos como pintura, renovação de acabamentos e revisão de instalações.
  • Depreciação. O investimento estará sensível ao mercado imobiliário. O mais esperado é que seu valor diminua com o tempo, pelo surgimento de outras opções mais novas na sua região. Entretanto, há possibilidade de o imóvel ‘pegar carona’ na alta da demanda e obter uma valorização.
  • Inadimplência. Tratar com locatários devedores não é uma tarefa fácil. Por mais que hajam seguros contra devedores e a Lei hoje preveja ações mais rápidas para solução desse tipo de problema, ainda assim é uma dor de cabeça e perda de dinheiro.
  • Vacância. Você deve considerar a possibilidade de seu imóvel permanecer por um certo tempo vazio. Esse tempo irá variar, a depender da oferta e da demanda. O surgimento de alguns fatores ainda podem levar o seu imóvel a se tornar um ‘mico’. Isso o tornaria cada vez mais difícil de ser alugado (imagine, então, vendê-lo…).

Acima de tudo, não despreze o risco inflacionário, seja ele positivo ou negativo. A variação da infração pode contribuir para melhorar o seu investimento ou pode torná-lo uma tremenda dor de cabeça.

De maneira idêntica, as variações inflacionárias podem melhorar ou piorar, ao ponto de tornar impraticável, a opção por alugar ao invés de comprar um imóvel.

Comprar ou alugar, como decidir?

A conclusão é que essa tarefa não é nada fácil.

Não há regra pronta. O que venha a ser melhor para você, talvez não sirva para outros, e vice versa. Portanto, siga sua intuição, eleja alguns parâmetros e tome a decisão por meio deles.

Faça uma lista dos seus prós e contras, com a mesma quantidade de tópicos para alugar e para comprar. Estabeleça uma pontuação para cada item, um peso para diferenciar o que for de maior e de menor relevância.

Totalize, efetuando a soma das pontuações dos tópicos prós e subtraindo as pontuações dos tópicos contras.

Comprar ou alugar, a opção que tiver o maior número final poderá ser a sua decisão.

Por fim, saiba que você pode contar com a Imóveis Anuva para realização de seu negócio, seja para anunciar ou para buscar um imóvel.