Antes de mais nada vamos separar o valor da tarifa do consumo da sua conta de luz.

Aqui, o objetivo é tratarmos do tema ‘consumo’. Afinal, infelizmente, por enquanto essa é o único item que compõe o valor da cobrança sobre o qual podemos agir.

Lembre-se que são cobrados outros itens e valores, como por exemplo, bandeira de tarifação e taxa de iluminação pública.

Entretanto, o Valor Cobrado é resultante essencialmente da multiplicação da quantidade de consumo (QTD), em Quilowatt-hora (kWh), pelo valor tarifário (TARIFA), já com impostos.

QTD x TARIFA = Valor Cobrado

Procure na sua conta de luz o valor da tarifa e os consumos mensais. Normalmente, a última cobrança traz o histórico de consumo dos último doze meses. Guarde esse valores, para uso e referência posterior.

O meu consumo padrão

O histórico de consumo trazido na sua conta de luz não necessariamente representa o seu padrão de consumo.

Os valores mensais retratam os valores que a concessionária mediu para apresentar-lhe a cobrança. Assim, aceitar simplesmente o histórico de consumo como sendo seu padrão não permitirá que um eventual ‘ladrão’ de kWh na sua conta seja descoberto.

Primeiramente, para se determinar o consumo padrão é preciso efetuar uma lista com todos os itens que consumam energia na sua casa.

Para facilitar, ao final deste artigo há um planilha que você poderá utilizar nos seus cálculos

Em seguida, preencha a lista com os dados de cada item. Procure os valores de potência pelo modelo de seus eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos nos sites dos respectivos fabricantes.

É possível que alguns desses equipamentos possuam essa informação na plaqueta de identificação. Você também poderá recorrer ao manual impresso, caso ainda o possua.

Há aparelhos que trabalham por ciclos. Assim, o fabricante poderá indicar o consumo por ciclo. Dessa forma, ao invés de horas, considere para o cálculo a quantidade de ciclos de utilização desse aparelho por dia.

Conta de luz alta

Após calcular seu consumo padrão, compare-o com os valores históricos de sua conta de luz. Deve haver uma certa proximidade de valores. Caso contrário, uma possível causa para fuga de corrente deve ser investigada.

A fuga de corrente, ou fuga de energia, ocorre nos aparelhos ou nas instalações elétricas com algum tipo de problema.

Esse problema é responsável por aumentos em torno de 30% na sua conta de luz.

Instalação elétrica

Considere sempre a necessidade de revisar uma instalação com mais de 10 anos.

As possíveis causas de fuga de corrente nas instalações podem surgir devido à fios desencapados, tomadas com mecanismos defeituosos, no quadro de distribuição ou até mesmo no relógio de medição.

O uso de benjamins ou extensões que possibilitem ligar mais de um aparelho na mesma tomada podem ocasionar aquecimentos no sistema. Esses, por sua vez, causam ao aumento do consumo de energia.

Para uma avaliação preliminar, desligue tudo. Retire todos os plugues dos aparelhos das tomadas. Isso, para ter certeza que não aparelho defeituoso em contato com sua instalação.

Verifique o relógio de medição. Caso continue a marcar consumo é porque há fuga de corrente na sua instalação elétrica.

Em seguida, desligue o sua chave geral em seu quadro de distribuição. Verifique novamente o relógio de medição.

Assim, caso o relógio tenha parado o motivo está internamente, na sua instalação elétrica. Consulte um profissional qualificado de sua confiança para solucionar o problema.

Por outro lado, ocorrendo do relógio continuar a marcar mesmo com a chave geral desligada o problema está no relógio. Assim sendo, acione sua concessionária de energia elétrica.

Eletrodomésticos e eletroeletrônicos

Uma vez afastada a possibilidade de fuga de corrente na sua instalação elétrica, você poderá testar seus equipamentos elétricos.

Comece pela geladeira. Esse aparelho funciona ininterruptamente, portanto, precisa ser testado por um certo período.

Com todos os demais aparelhos desligados, marque a leitura atual do relógio de medição e ligue a geladeira. Permaneça assim por, no mínimo, 3 horas. O ideal são 6 ou 12 horas de funcionamento.

Ao final do período estipulado efetue nova leitura do relógio de medição. Compare o consumo real com o teórico, informado pelo fabricante da geladeira.

Uma geladeira defeituosa pode apresentar um consumo até sete vezes maior que o previsto.

Posteriormente, teste os demais aparelhos, sempre um por um. Priorize a ordem dos aparelhos, do maior para o menor consumo.

Por fim, para os aparelhos que funcionam somente após apertar o botão de ligar, basta verificar se o relógio de medição permanece parado apenas com o aparelho plugado na tomada.