Taxa Selic passa por revisões de alta e logo o mercado começa a comentar sobre os impactos no financiamento imobiliário.
Contudo, do que se trata essa taxa e quais seriam exatamente os impactos, primeiramente, para quem já contratou um financiamento imobiliário.
Para quem ainda não fechou contrato de compra e venda, seria o momento de adiar essa decisão?
São alguns cenários, e perspectivas precisam ser levadas em consideração, no médio e no longo prazo.
O que é taxa Selic?
A taxa Selic é definida pelo Banco Central (BC) e reflete sua estratégia para combater a inflação.
O objetivo com o aumento da Selic é desestimular o consumo
Dessa maneira os juros sobre financiamentos, empréstimos e cartão de crédito ficam mais altos.
A última revisão para o mês de maio de 2022 elevou a taxa para 12,75% ao ano, que assim já se aproxima do último patamar para o mês, ocorrido em 2016.
A alta dos juros, em tese, desestimula o consumo, o que reflete na queda da inflação.
O mesmo efeito, porém contrário, é esperado com a baixa da Selic. Queda dos juros e estímulo do consumo.
Alta nos juros
Ninguém gosta de pagar juros, tão pouco juros considerados altos.
Mas, qual seria o juros necessário para ser considerado alto o suficiente a afastar os consumidores?
Primeiramente é preciso ter em mente que o impacto na alteração da Selic sobre os juros reais não é imediato e tão pouco na mesma proporção.
Isso ocorre, entre as principais razões, sob a influência da fonte de recurso utilizada pelo banco para oferecer o financiamento e a competitividade entre as financiadoras.
Assim, para quem ainda não fechou negócio não é preciso sair correndo.
Pelo contrário, o momento é ainda mais propício para pesquisar e negociar.
Custo de oportunidade
A compra de um imóvel não esbarra apenas na escolha do bem em si.
Por isso, entre as dicas de como comprar bem, prevalece a recomendação de consultar sempre um Corretor de Imóveis.
Todavia, ainda é preciso avaliar e decidir entre comprar ou alugar o imóvel.
Talvez provavelmente sua conclusão, após avaliar o momento, seja adiar a compra e esperar por juros menores.
Por outro lado, adiar poderá representar um risco maior do que ‘bancar’ os juros atuais.
Lembre-se disso, você define o tamanho do risco que quer correr. Assim, não adianta seguir recomendações prontas ou decisões de terceiros.
Apesar de juros mais altos, o preço do imóvel pode sofrer reajuste para abaixo, o que geraria uma compensação.
Isso seria possível porque, com uma queda no consumo, a competitividade entre as construtoras aumentaria e pressionaria para uma queda nos preços.
Além disso, é preciso avaliar também um possível efeito similar sobre os imóveis usados.